(Em entre linhas o enredo do romance é o seguinte: no dia de São João, (festa da luz, na Finlândia) Onni, pretende-se suicidar, no entanto no mesmo sítio onde poria fim à vida, outro, Kemppainen decide igualmente o mesmo. Onni acaba por salvar Kemppainen, e ambos decidem então, criar uma organização que pretenda reflectir este problemática, não com o fito de terminar com a pretensão, mas outrossim com o propósito de um suicídio colectivo). A leitura torna-se um tanto enfadonha aquando a interminável viagem por estas terras gélidas, pelo facto de a maioria dos candidatos a suicídio, que contactaram este grupo, e que agora serão resgatados terem estórias que apesar de conteúdo diferente, são retratadas pouco densamente, de forma pouco literária e mais jornalistica, outro ponto pouco interessante é que quase como um GPS o livro dá um itinerário extenuante de todos os lugares por onde passam, onde ficam durante a noite, que compras fazem... Situações que não interessam minimamente. O autocarro que transporta o grupo, decide sair da terra-natal, e prepretar o suicídio num qualquer outro ponto do continente europeu, depois da Suíça, o ponto reservado será em Sagres; sendo que o final, muitas páginas antes já vislumbramos qual será... um comovente "The End" bem na senda da tradição da tela-dramaturgia. De facto o que faz que não nos suicidemos do livro (leia-se abandonemos a leitura) é o facto de os capítulos, curtos, renovarei-nos sempre as esperanças de mudança e decidirmos tal como eles continuar a viagem... para um fim!
"Um Aprazível Suicídio em Grupo" 1990; Arto Paasilinna; Relógios D`Água 2010. Tradução de: Merja de Mattos-Parreira e Ana Isabel Soares.